Estou lendo alguns livros sobre umbanda e dentre eles, um em
especial fala sobre a historia da Umbanda. Em determinado momento é mencionado
que umbandistas têm o hábito de se denominarem espíritas ou católicos com medo
de represálias e preconceito até mesmo nos dias atuais.
Existe este risco?
Provável. Porem pense
um instante sobre os motivos. Se grande parte de nós omitirmos que somos
umbandistas e não esclarecermos os fundamentos de nossa religião, este mito vai
crescendo e a ignorância criará historias fantásticas que não condizem com a
verdade. Posso afirmar que grande parte de tudo que sofremos é por consequência
de nossos próprios atos.
Um marido dedicado que ama sua esposa e filhos têm medo ou
vergonha de dizer que ama e se dedica a sua família? Poderia dizer também que
este marido e pai tem orgulho da família que constituiu. E nossa religião? Que
paralelo podemos fazer? Vamos ver...
Nosso terreiro não é
a nossa casa? Não é onde temos nosso “pai” ou “mãe” de santo? Os membros da
corrente não são nossos irmãos na fé? Não é em nossa religião que buscamos
fortaleza para caminhar e superar nossas fraquezas? Não nos dedicamos com todo
amor e ternura para realizarmos um bom trabalho dentro de nossa religião? Não
são os valores desta religião que eu introduzo junto a meus valores?
Então podemos então dizer que essa religião é também nossa família.
Por que então não teríamos orgulho de
bater no peito e dizer “EU SOU UMBANDISTA” quando questionados sobre quem
somos?
O umbandista que segue os preceitos da religião não pode ser
outra coisa se não homens e mulheres de bem respeitadores da diversidade. E ao
assumirmos nossa crença mostramos o que esta religião linda e maravilhosa tem a
oferecer de verdade e nessa hora, mesmo que não convença os que têm uma pré-opinião
errada de nossa causa estarão com uma duvida plantada.
É o umbandista que deve falar da sua religião. Só nós
podemos falar o que vivemos dentro de nossos templos. Só nós sabemos qual a
grandeza de um preto velho, de um caboclo. Só nós para sabermos da justiça e da
firmeza de um exu. Então nós umbandista que temos que esclarecer a fé que
profetizamos.
Vamos deixar esse medo sem sentido de lado e dizer de que um
umbandista é feito. Ao “sairmos do armário” mostraremos que a umbanda não é para
ser temida e sim amada e respeitada como qualquer outra religião, mas com uma
certeza. Que a umbanda é a melhor religião para o umbandista e que nós temos o
prazer de sermos quem somos.
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